sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

manto


Sinto indiferença do meu elo, entre a alma e o corpo e evaporo no sopro
 e vai sobrando insanidade por medo da saudade



Maria de Ramos

domingo, 4 de dezembro de 2016

doce insaciável coração

Desejo acabar com a solidão, j0gando meu corpo nu,  no calabouço da sua junção, essa carência suburbana como quem não quer nada. Mal feito algum acabaria com o desespero que é apagar a nossa chama. Meu coração pulsante traz com ele a frequência crescente, taquicardia merecido por tensão 

Muito tesão
dança comigo
o ritmo da batida 
do coração

Desejo recomeçar meus dias como quem um dia desejou acabar com tudo aquilo que um dia se tornou. E o meu amor de hoje incompetente, está por fora do insolente  mas tem consigo o fogo que cozinha os miolos da nossa razão. Fez-se orador porque um dia amou

Maria de Ramos

se não distraio

Estou esperando o ônibus  na parada, já perdi três e minha mente não sossega
e não se atenta. Acabo por me distrair mais uma vez e ao me dar conta, já era.
Já perdi meu ônibus. Já não tenho você.
Estou a descer a rua das ruínas como quem perdeu alguma coisa. Tropeço no asfalto, prestando atenção, quem sabe ainda dissolvo a solidão 


 Maria de Ramos 

Garagem

Passeio três vezes por dia em cada turno. disparando meu coração a cada susto. Olho para o lado, só vejo cidadãos espelhados nessa rua largada, casas abandonadas, há rastros empoeirados.
Seus rostos mal lavados. e assim, enxergo que os cidadãos são apedrejados pelo golpe dos ratos. Todos os nossos dias,  são imundos e intensos, pois não passam de esmeros segundos para a fortaleza que manipula os cidadãos. 
A nossa população é imensaNossas vontades são intensas                                                                                De pôr fim na displicência 

fátima Ramos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Felicitações, Cabral

Querido, há tempos que os dias são seus.
Estações e maestrias pertencem a você
Mais gloriosos dias nutridos com toda a sua saúde
Seu mais belo sorriso parabeniza a decência da sabedoria
A mais bela que habita seu ser

Querido, por quaisquer dificultações você possa viver
Toda a experiência lhe será herdada
Jamais perca sua essência
Pelo golpe dos comparsas

Como sábio, porém aprendiz
Saberá qual o caminho escolher
A maestria que habita seu ser
Por vangloria alguma irá te enfraquecer


Maria de Ramos,


                     Dedico ao amigo que esteve comigo mesmo na sua ausência, felicitações 
                    Saúde!



Vangloriando o tal amor

Te olho como quem observa uma gravura complexa numa tela, te observo como quem senta na praça para observar o tráfego e ainda assim, sinto uma confusão mental como se eu estivesse tendo um AVC. Não é brincadeira! É apenas o meu coração gritando para eu esquecer, pela loucura que me desvaira ao clamar por sossego.

Minha quase-perdida-e-acabada consciência pede piedade pro meu coração. Seu costume de ser displicente, me fez acreditar que a minha loucura, era a minha mais bela sanidade 

Ainda não temos fim.


Maria de Ramos,,

           amo você

inquilina

Com os raios solares batendo no seu rosto e a brisa do mar levantando alguns fios de cabelos, o seu sorriso maravilhado por estar vendo tudo aquilo, toda aquela beleza, pela primeira vez,

Sua primeira vez ao velejar lembrava um marinheiro aventureiro por dentre as águas aventurar. Seu jeito meigo, toda menina, mas a mesma mulher que me surpreende
á cada sol raiar.

Doce menina, inocente e porém inquilina, jamais ousou roubar a minha dor
Porque essa menina há tempos, mata um homem de amor.

Maria de Ramos

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

á glória, bem vinda á realidade

Agradeço por presenciar o nascer do sol, agradeço por acordar com seu sorriso, agradeço por dormir e acordar sabendo que estar com quem amo, não foi só um sonho. Mas o paraíso

Há belezas esplendidas no raio de sol assim como seu "Oi" matinal
Seu simples toque, me traz uma sensação que me deixa maravilhada, me fazendo acreditar que nada disso foi por acaso e esteve sempre escrito nas estrelas que a minha vida deveria ser traçada junto á tua e aqui estou eu, morrendo de amores por ti

Que sensação! Deus, que maravilha de sensação.

Mesmo diante as dificuldades que passamos, nunca ousamos esquecer da nossa essência, podemos chegar a falhar, mas somos fortes, assim como o Todo, 


Maria de Ramos


(Dedico ao amor da minha vida, seja o homem seja o menino mais precioso a cada luar-

Aqui jaz a cara e a coragem

O amor que  sempre sonhei com as mentiras que jamais revelei, e agora com elas, terei que viver. Essa grande fase que me abala a mesma que não me sou forte para suportar o tremendo golpe de solidão

Te peço perdão pelo que jaz, pois o que houve em mim foi mais do que ilusão. Querer amor demais é pecado? obviamente, mas tampouco importa 

A carta que lhe escrevo, essa que umedece e tempera  com o sal das minhas lágrimas, estes olhos meus que lacrimejam essa dura realidade que não consigo, por ser covarde, te dizer cara a cara, que tu és a minha cara metade


Maria de Ramos

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O amor e suas complexidades

Ah, o amor correspondido.

O mesmo que nos nutre de carinho, nos soma, e nos deixa deitar tranquilos.
O amor... O amor.
O mesmo que nos faz amar a nós mesmos, que nos faz sentir o que sempre tivemos guardado no peito; O amor que nos sacia e nos mata a fome. 



Maria de Ramos

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cegueira causada por amor

Amar cegamente alguém tem seus prós e contras, ficamos bobões, perdemos a razão, fazemos por amor, nos doamos excessivamente por amor.  Amar nos penetra de tal forma que chega ao alcance de nossa alma, á tomar por quase seu lugar. Ficamos feito marionetes. Sentindo o amor fluir no corpo, deixando invadir a mente á tomar mais uma vez posse do nosso ser.  Amar é bom, é fogo, é chama, é carinho, compreensão. amar é tudo.  Mas francamente, cegamente não dá!  



 Sinônimos de Cegueira: ablepsia deslumbramento encanto esplendor fascinação mágica sedução vertigem desvairamento alucinação delírio desvario exaltação loucura tresvariar escuridão ignorância negror obscurecimento


Maria de Ramos

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Onde vivem os amantes

Os amantes se dão asas
Os amantes se auxiliam
Os amantes são raros, mas não rasos
Os amantes têm historia
Os amantes se curam
se amam
Os amantes também erram,
perdoam
Os amantes são raros, mas não rasos.
Os amantes amam como amamos as estrelas.
Nós fazemos os amantes existirem. Somos amantes.  


Maria de Ramos

Sejamos otimistas

Sonhos que brilham e cintilam, clareiam na escuridão. Mesmo que desista, ele ainda habitará ali. Porque sonhos nunca se vão.

Maria de Ramos


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Vai me deixa, não me deixa não

Eu viajei
Viajei sem mim
me joguei a ti
me iludi,
eu me iludi

Calma garotinho
eu sou complicada
assumo
eu assumo
você não tem culpa
não se culpa

Deixa
Deixa eu carregar o mundo
me deixa
carregá-lo nas costas
ou no pé
ou na cabeça
ou no peito

Mas o peito
ah, que peito!
No peito é doloroso
o peito me dói
no peito, eu morro

Maria de Ramos

saudade. parte 1



Juliana tornou a minha vida um oceano paralelo magnífico, da mesma maneira que a destruiu. Por mais que tentei ela nunca saiu da minha cabeça, por vezes, meses, anos, aqui permanece. J u l i a n a com todas as letras. Linda, formosa, loira e com quase 1,70 de altura, suficiente para levar-me ás nuvens e á loucura.
Juliana, inesquecível como a primeira vez que andei de bicicleta.

Juliana por sempre ter sido e ser até hoje a mais serena, que me dói. Possuía um dom grandioso de preencher as minhas lacunas, lacunas do meu coração.

Susene jamais chegou onde Juliana esteve, por mais que se esforçasse, por mais que me esforçasse, por mais....






Maria de Ramos 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Desvaneço

Eu me quero
me envolvo
me enxergo
mas não me mordo;
me sufoco
me calo
me deixo
me largo
me surro
me estapeio
me vou
me levo
me deixo
me desespero
me trago
me desvenero
me desconheço
me torturo
regrido. 

Qual o meu problema?    Eu quero tudo, tudo. Eu quero tudo. Tudo o que se imagina, a ambição que me alucina, que me impede, que me obriga, que me invade e me implica. Não progrido, mas finjo que sim. Fingir, fingir e fingir... A resposta! Qual o meu problema?    Amo muito, demonstro pouco, sou bastante, e logo dissolvo. Conheço a progressão, mas regredir é mais fácil de chegar, não chego, ninguém chega. Somos. Contraditório, assim como minha vida. Meu ser, meu eu, carente.. completo. 
Sozinha
me invado
me beijo  
sou constante  
sou distante  
me almejo  
me arrepio 
me enfureço 
contrariando  
contrariando  
contrária  
ando  
ando  
me enlouqueço   
Vou a pé, com minha alma exausta de negatividade, meu ser buscando o conforto. Quem disse que deixo? Quem me disse que me deixo? Quem me diz que me deixa? todos.  Sou bastante, desvaneço 
Era aquela lagartinha que não entendia sua força e coragem, não entendia. Não entendia, pois não conhecia que o que passava era apenas a sua metamorfose. Seu destino. Sua progressão. Então largou-se descuidadosamente, deixou-se levar, amou demais á se ferir, desacreditou e não ousou levantar-se, acordar, acordar dói. Assim, largou-se.

Maria de  Ramos

terça-feira, 8 de novembro de 2016

paixonite

Estressada 
Sorrindo 
Calada 
Aos gritos 
Penando segredos 
Ao enroscar seu cheiro 
Na ponta do meu nariz   

Maria de Ramos

O que carrego no peito



A fornalha que está aqui dentro.
Com o meu cansaço, desconto os serviços por horas ou turnos, para iludir meu coração que está tudo ótimo, está tudo bem, e que dará tudo certo.
O que farei mesmo para que prolongue minha vida esperançosa e -nada-agredida-pela-vida-e-por-memorias-culposas-que-me-surra-e-que-me-grita?                                                                                 
Com o corpo cansado, e mente com devaneios, mente assim mesmo para me livrar do desespero? Já me avisei várias vezes que com os fatos encarcerados e infernais na cabeça, acharei sempre uma maneira de sair de mim, como me pressionando a fazer o que sempre sonhei em plena consciência.
O que eu sempre sonhei? A tal linda paz interior que sempre me enganei ao achar que a mantenho aqui no meu peito. A mesma que voa frágil como um balão ao encontro de um mandacaru enfincado em um deserto, esse que habita aqui dentro.


 Maria de Ramos

sábado, 29 de outubro de 2016

Samba amável


Quando te vejo passar, Eita, ruiva linda!
Quando te vejo dançar, Eita, ruiva linda!
Quando te vejo sorrir, Eita, ruiva linda!
Quando a vejo sonhar, Eita, maravilha!

Há quem diga que o amor não foi feito para tolos,
Mas o amor, foi feito para quem merece!
A ruiva não sabe, mas com o seu amor, me enobrece

Maria de Ramos

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Quem dera

Você exatamente onde está
Eu onde não devo
Eles julgando meu batom
Com elas, só querendo seu beijo
Nesse vazio escuto um ruido
Quem atreveu a dar esse gemido?

Maria de Ramos

Dunas

O leve oceano que carrego nos meus olhos,
ao lado das grandes dunas existentes no meu jeito,
me encontro com receio;
No meu mais  leve surto
eu me deleito no seu peito.
Exageraria eu se dissesse  que por ti eu enlouqueço?





Maria de Ramos

sábado, 22 de outubro de 2016

Couro caliçado

Ferida aberta e sangrenta
Com soros precisos
Só me vejo na tormenta
a tortura no meu peito
Aprendo com os mesmos,
mas e você meu bem?
Já caiu em desespero.



Maria de Ramos

Há sempre um céu dentro de você

Mova suas pernas, movimente sua vida, e jamais esqueça que caso você não permitir movimentos para si,não haverá quem movimentará por você.




Maria de Ramos

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Clamando - á poesia


Coração relutante
Corpo receoso
Enlouquecida pelos seus lábios
Sentindo o sabor de seu corpo



Maria de Ramos

domingo, 16 de outubro de 2016

Bem tarde- poesia

Seu cheiro em meu corpoMeu cabelo em teu rostoDito em segredoTe amando aos sussurrosO meu euE a minha razãoEu ja não os escuto

Maria de Ramos

(sem titulo)

maldita, levante-se,  insanidade é o seu dom perdido entre os escombros é um péssimo amor piso, um a um nos seus restos recolha-os e engula ...