quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O amor e suas complexidades

Ah, o amor correspondido.

O mesmo que nos nutre de carinho, nos soma, e nos deixa deitar tranquilos.
O amor... O amor.
O mesmo que nos faz amar a nós mesmos, que nos faz sentir o que sempre tivemos guardado no peito; O amor que nos sacia e nos mata a fome. 



Maria de Ramos

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cegueira causada por amor

Amar cegamente alguém tem seus prós e contras, ficamos bobões, perdemos a razão, fazemos por amor, nos doamos excessivamente por amor.  Amar nos penetra de tal forma que chega ao alcance de nossa alma, á tomar por quase seu lugar. Ficamos feito marionetes. Sentindo o amor fluir no corpo, deixando invadir a mente á tomar mais uma vez posse do nosso ser.  Amar é bom, é fogo, é chama, é carinho, compreensão. amar é tudo.  Mas francamente, cegamente não dá!  



 Sinônimos de Cegueira: ablepsia deslumbramento encanto esplendor fascinação mágica sedução vertigem desvairamento alucinação delírio desvario exaltação loucura tresvariar escuridão ignorância negror obscurecimento


Maria de Ramos

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Onde vivem os amantes

Os amantes se dão asas
Os amantes se auxiliam
Os amantes são raros, mas não rasos
Os amantes têm historia
Os amantes se curam
se amam
Os amantes também erram,
perdoam
Os amantes são raros, mas não rasos.
Os amantes amam como amamos as estrelas.
Nós fazemos os amantes existirem. Somos amantes.  


Maria de Ramos

Sejamos otimistas

Sonhos que brilham e cintilam, clareiam na escuridão. Mesmo que desista, ele ainda habitará ali. Porque sonhos nunca se vão.

Maria de Ramos


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Vai me deixa, não me deixa não

Eu viajei
Viajei sem mim
me joguei a ti
me iludi,
eu me iludi

Calma garotinho
eu sou complicada
assumo
eu assumo
você não tem culpa
não se culpa

Deixa
Deixa eu carregar o mundo
me deixa
carregá-lo nas costas
ou no pé
ou na cabeça
ou no peito

Mas o peito
ah, que peito!
No peito é doloroso
o peito me dói
no peito, eu morro

Maria de Ramos

saudade. parte 1



Juliana tornou a minha vida um oceano paralelo magnífico, da mesma maneira que a destruiu. Por mais que tentei ela nunca saiu da minha cabeça, por vezes, meses, anos, aqui permanece. J u l i a n a com todas as letras. Linda, formosa, loira e com quase 1,70 de altura, suficiente para levar-me ás nuvens e á loucura.
Juliana, inesquecível como a primeira vez que andei de bicicleta.

Juliana por sempre ter sido e ser até hoje a mais serena, que me dói. Possuía um dom grandioso de preencher as minhas lacunas, lacunas do meu coração.

Susene jamais chegou onde Juliana esteve, por mais que se esforçasse, por mais que me esforçasse, por mais....






Maria de Ramos 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Desvaneço

Eu me quero
me envolvo
me enxergo
mas não me mordo;
me sufoco
me calo
me deixo
me largo
me surro
me estapeio
me vou
me levo
me deixo
me desespero
me trago
me desvenero
me desconheço
me torturo
regrido. 

Qual o meu problema?    Eu quero tudo, tudo. Eu quero tudo. Tudo o que se imagina, a ambição que me alucina, que me impede, que me obriga, que me invade e me implica. Não progrido, mas finjo que sim. Fingir, fingir e fingir... A resposta! Qual o meu problema?    Amo muito, demonstro pouco, sou bastante, e logo dissolvo. Conheço a progressão, mas regredir é mais fácil de chegar, não chego, ninguém chega. Somos. Contraditório, assim como minha vida. Meu ser, meu eu, carente.. completo. 
Sozinha
me invado
me beijo  
sou constante  
sou distante  
me almejo  
me arrepio 
me enfureço 
contrariando  
contrariando  
contrária  
ando  
ando  
me enlouqueço   
Vou a pé, com minha alma exausta de negatividade, meu ser buscando o conforto. Quem disse que deixo? Quem me disse que me deixo? Quem me diz que me deixa? todos.  Sou bastante, desvaneço 
Era aquela lagartinha que não entendia sua força e coragem, não entendia. Não entendia, pois não conhecia que o que passava era apenas a sua metamorfose. Seu destino. Sua progressão. Então largou-se descuidadosamente, deixou-se levar, amou demais á se ferir, desacreditou e não ousou levantar-se, acordar, acordar dói. Assim, largou-se.

Maria de  Ramos

terça-feira, 8 de novembro de 2016

paixonite

Estressada 
Sorrindo 
Calada 
Aos gritos 
Penando segredos 
Ao enroscar seu cheiro 
Na ponta do meu nariz   

Maria de Ramos

O que carrego no peito



A fornalha que está aqui dentro.
Com o meu cansaço, desconto os serviços por horas ou turnos, para iludir meu coração que está tudo ótimo, está tudo bem, e que dará tudo certo.
O que farei mesmo para que prolongue minha vida esperançosa e -nada-agredida-pela-vida-e-por-memorias-culposas-que-me-surra-e-que-me-grita?                                                                                 
Com o corpo cansado, e mente com devaneios, mente assim mesmo para me livrar do desespero? Já me avisei várias vezes que com os fatos encarcerados e infernais na cabeça, acharei sempre uma maneira de sair de mim, como me pressionando a fazer o que sempre sonhei em plena consciência.
O que eu sempre sonhei? A tal linda paz interior que sempre me enganei ao achar que a mantenho aqui no meu peito. A mesma que voa frágil como um balão ao encontro de um mandacaru enfincado em um deserto, esse que habita aqui dentro.


 Maria de Ramos

(sem titulo)

maldita, levante-se,  insanidade é o seu dom perdido entre os escombros é um péssimo amor piso, um a um nos seus restos recolha-os e engula ...