sexta-feira, 10 de março de 2017

chuva

Que chova! e o coração ouça
estribilhos do hino
de quem acabou de (ma)t(ar)
que a moça, a tal bonita
que trabalha na padaria
te faz sair na chuva para ver
o seu sorriso ao te entregar sonhos
no saco de papel

Que chova! na tua mente escrota
palavras de repente, arranhar teu véu
e que Deus ouça, teus gritos nas masmorras ao roubar anéis

E que chova! e caia sobre nós,
os anéis das vítimas
que você jurou
amar por toda a vida.

Maria de Ramos

sábado, 4 de março de 2017

azar

O azar restabelece ao nascer o amor, logo depois somos quebrados feito espelhos e azarados por todo o infinito. Somos amor ainda que no grito, e que tenhamos de selar o destino como a droga sela o traficante.


Maria de Ramos

open eyes

Os teus olhos tristes que só sabem gritar a ausência  que causou o amar.Os teus olhos tristes transparecem a saudade daquele lugar, pois tua boca é vítima mas teus olhos tristes têm razão. Caso tu amar demais, ressuscitará teu coração


Maria de Ramos

a temperança da liberdade

(Meus olhos tremem quando não me encontro, somos apenas o reflexo dos nossos espelhos aguardando por cada disputa de preconceito. E assim, critico suas pálpebras para eu esquecer das minhas, pois somos a falta do bom senso catando do outro, o que temos dentro de nós para esquecermos das nossas vontades de fazer o que consideramos loucura, porém esquecemos que a liberdade não é vergonha, é coragem.)

das lembranças da minha infância, acabo paralisando a que me fez feliz e nesse momento, o desejo de revivê-la me ajuda a dar mil passos para trás.. O preceito dado é aquele em que, devo abrir os olho e reconhecer que as lembranças são brindes dos momentos bons e ruins vividos e que não devemos querer revivê-las novamente.


Maria de Ramos

Recomeçar



Amanhã é um novo dia para encontrar-se de novo o todo do elo perdido que se dissipa  à todo meio-dia


Maria de Ramos

quinta-feira, 2 de março de 2017

crise de existencialismo

Há crises de infartos e colapsos, e vem como um rolinho que envolve nossa mente nos dando um revolver ou entorpecente.., passemos por guerras, nosso coração falece de cara, perguntamos uns aos outros... "Quem encoraja-se com a dor?"


Ah, danada que nos tira o sono, nos tomando a fome  e nos deixa uma cratera imensa dentro do peito, onde já não habita o coração.


Há crise de existencialismo personalidade amor, e nessa crise, não somos, vez ou outra, seres capazes de enxergar que no final, de um breve falecimento.. Haverá sempre um recomeço.. Só depende do que nos restará por dentro da nossa mente.


Maria de Ramos

pícaras

seus olhos falam da natureza da mesma enxergo o desejo de submeter-me as suas alturas preenchendo nossas lacunas no debruçar do deserto



Maria de  Ramos

para o horizonte

Para que o mundo não lhe tire teu nome, esterilize sua alma com uma garrafa vazia de mágoa e lonjura; Pois não há distâncias para o sossego do  coração.


Maria de Ramos

(sem titulo)

maldita, levante-se,  insanidade é o seu dom perdido entre os escombros é um péssimo amor piso, um a um nos seus restos recolha-os e engula ...