Sinto indiferença do meu elo, entre a alma e o corpo e evaporo no sopro
e vai sobrando insanidade por medo da saudade
Maria de Ramos
Estou esperando o ônibus na parada, já perdi três e minha mente não sossega
e não se atenta. Acabo por me distrair mais uma vez e ao me dar conta, já era.
Já perdi meu ônibus. Já não tenho você.
Estou a descer a rua das ruínas como quem perdeu alguma coisa. Tropeço no asfalto, prestando atenção, quem sabe ainda dissolvo a solidão
Maria de Ramos
Passeio três vezes por dia em cada turno. disparando meu coração a cada susto. Olho para o lado, só vejo cidadãos espelhados nessa rua largada, casas abandonadas, há rastros empoeirados.
Seus rostos mal lavados. e assim, enxergo que os cidadãos são apedrejados pelo golpe dos ratos. Todos os nossos dias, são imundos e intensos, pois não passam de esmeros segundos para a fortaleza que manipula os cidadãos.
A nossa população é imensaNossas vontades são intensas De pôr fim na displicência
fátima Ramos
maldita, levante-se, insanidade é o seu dom perdido entre os escombros é um péssimo amor piso, um a um nos seus restos recolha-os e engula ...