Eu me quero
me envolvo
me enxergo
mas não me mordo;
me sufoco
me calo
me deixo
me largo
me surro
me estapeio
me vou
me levo
me deixo
me desespero
me trago
me desvenero
me desconheço
me torturo
regrido.
Qual o meu problema? Eu quero tudo, tudo. Eu quero tudo. Tudo o que se imagina, a ambição que me alucina, que me impede, que me obriga, que me invade e me implica. Não progrido, mas finjo que sim. Fingir, fingir e fingir... A resposta! Qual o meu problema? Amo muito, demonstro pouco, sou bastante, e logo dissolvo. Conheço a progressão, mas regredir é mais fácil de chegar, não chego, ninguém chega. Somos. Contraditório, assim como minha vida. Meu ser, meu eu, carente.. completo.
Sozinhame invadome beijosou constantesou distanteme almejome arrepiome enfureçocontrariandocontrariandocontráriaandoandome enlouqueço
Vou a pé, com minha alma exausta de negatividade, meu ser buscando o conforto. Quem disse que deixo? Quem me disse que me deixo? Quem me diz que me deixa? todos. Sou bastante, desvaneço
Era aquela lagartinha que não entendia sua força e coragem, não entendia. Não entendia, pois não conhecia que o que passava era apenas a sua metamorfose. Seu destino. Sua progressão. Então largou-se descuidadosamente, deixou-se levar, amou demais á se ferir, desacreditou e não ousou levantar-se, acordar, acordar dói. Assim, largou-se.
Maria de Ramos
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