terça-feira, 4 de julho de 2017

presente árduo

Naquele tempo surgiu um terremoto dentro de mim, e com ele de brinde um tsunami.
Eis que os mesmos levaram o amor que semeei por mim mesma, e as decisões que havia aprendido a tomar se foram e voltei a estaca zero.
Como reeducar o cérebro? Como ensinar o coração?
Há tempos que imaginei que conseguiria cuidar de mim mesma, mas logo veio á tona que nem o motivo de estar aqui eu sei.. Ainda digo que quero ajudar os outros.
Como ajudar os outros sem ao menos saber ajudar a si?
Até quis pular da cadeira com os fios de cabelo enrolado no pescoço, enroscado no telhado.. Mas eles não são tão longos assim e logo vi que até pra dá fim não sou boa. E ao longo do tempo fui descobrindo que nem a moral eu levantei.
Agora devo correr ou fugir?
Há motivos sim, mas não é para tanto. Não são tantos. E nem tantos há de ser. E agora eu misturo e tudo acaba dissolvendo, mas só acontecerá se eu tiver a certeza dos elementos e a verdadeira receita.

Maria de Ramos

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